Léo Canhoto e Robertinho Léo Canhoto e Robertinho - Pedro Querosene

Olá pessoal, o meu nome é Pedro Querosene!
Hoje, eu vô arregaçar essa cidade, aha diacho!

Pedro Querosene era louco, muito louco
Vivia bagunçando lá na sua região
Entrava a cavalo nos botecos da cidade
Se alguém olhasse feio arranjava confusão

Num sábado bonito ele chegou no povoado
Bebeu feito um gambá, chamou as moças de bonecas
Mas o pior de tudo ele estava quase pelado
Um óculos na cara, sem camisa e só de cueca

Chegou o delegado mais bravo do que o capeta
Ao Pedro Querosene ele fez uma proposta
Nós vamos beber junto até o dia amanhecer
Aquele que tombar vai perder essa aposta

Chamaram o prefeito só para testemunhar
Chegou também o padre para ver toda verdade
Aquele que perdesse pagava toda despesa
Ainda era obrigado sumir daquela cidade

Vamos lá, delegado, frouxo!
Se eu num acabar com você hoje não me chamo Pedro Querosene, ô barbaridade!

Os dois foram bebendo e dando tiros no telhado
Beberam todo o estoque que tinha naquele bar
Acabou a bebida, mas o prefeito depressa
Pegou uma carroça, foi buscar noutro lugar

Às 5 horas em ponto o Pedro não aguentou
Já fez xixi na calça e saiu de 4 pé
Subiu no seu cavalo o povo presenciou
Montou de cara pra trás e saiu de marcha ré

O Pedro Querosene nunca mais voltou na vila
O povo ainda não sabe o que foi que aconteceu
O Pedro bebeu tanto que perdeu aquela aposta
Ninguém sabe se ele vive ou se o homem já morreu

Depois fiquei sabendo que aquele delegado
Combinou com o vendero uma trama engraçada
Enquanto o Pedro bebeu um garrafão de cachaça
O delegado bebeu um garrafão de limonada